A detecção, identificação e estudo dos vertebrados terrestres mais difíceis de avistar devido à sua raridade, hábitos esquivos ou horários noturnos, entre os quais estão muitos mamíferos, deram um importante avanço graças ao desenvolvimento das técnicas de fototrampeo, utilizando câmeras fotográficas e de vídeo adaptadas para serem deixadas no campo e acionadas automaticamente quando os animais passam. Atualmente, com a revolução da fotografia digital e o surgimento de modernos equipamentos projetados especificamente para isso, o uso do fototrampeo se expandiu notavelmente, ao mesmo tempo em que a compreensão da vasta gama de dados e informações que podem ser obtidas se aprimorou, ampliando assim o leque de usos e utilidades.
No entanto, faltava um manual prático sobre essa técnica para torná-la mais acessível à comunidade hispanofalante, lacuna que agora é preenchida por esta obra. O autor, com uma linguagem acessível e clara, descreve as origens do fototrampeo, os equipamentos atuais, suas características, usos e recomendações para escolher o equipamento adequado de acordo com nossos objetivos e necessidades; as aplicações do fototrampeo para o estudo da fauna, desde a simples detecção de espécies até inventários, monitoramento de populações e processos, estudos de comportamento, vigilância, etc. Também são abordados os fatores a considerar para a instalação do equipamento no campo, o uso de iscas, odores e outros atrativos, além do acompanhamento das capturas de imagens e a sistematização e tratamento das informações. O livro também se estende sobre o estudo das populações de fauna por meio do fototrampeo, explicando conceitos básicos sobre distribuição e unidades de amostragem, metodologias de censo e o uso de estatísticas aplicáveis aos resultados, assim como recomendações para o desenvolvimento eficaz das campanhas de fototrampeo; tudo ilustrado com exemplos reais, tanto da Espanha quanto da América Latina.
Este manual é dirigido a biólogos, zoólogos, ecólogos, ambientalistas, técnicos e gestores de biodiversidade, áreas protegidas e recursos naturais; consultores ambientais, guardaparques, agentes florestais e ambientais, bem como a estudantes dessas áreas e naturalistas, conservacionistas, fotógrafos de natureza e outras pessoas interessadas no estudo, gestão e conservação dos vertebrados terrestres, ou simplesmente na sua observação, detecção, fotografia e identificação.
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