Desde o surgimento do Homo sapiens no planeta há centenas de milhares de anos, os seres humanos têm buscado explorar seus ambientes, extraindo o máximo de recursos que sua engenhosidade tecnológica permitiu. À medida que as tecnologias avançaram nos últimos séculos, esse impulso permaneceu em grande parte desenfreado, acelerando exponencialmente o impacto humano no meio ambiente.
Humanos versus a Natureza conta uma história do ambiente global desde a Idade da Pedra até o presente, enfatizando a relação adversarial entre os mundos humano e natural. A natureza é apresentada como um protagonista ativo, em vez de um mero pano de fundo ou vítima da má conduta humana. Daniel R. Headrick mostra como as mudanças ambientais — epidemias, choques climáticos e erupções vulcânicas — moldaram as sociedades e culturas humanas, às vezes as sobrecarregando. Ao mesmo tempo, ele traça a história das mudanças antropogênicas no meio ambiente — extinção de espécies, aquecimento global, desmatamento e esgotamento de recursos — de volta à era dos caçadores-coletores e dos primeiros agricultores e pastores. Ele mostra como intervenções humanas, como sistemas de irrigação, sobrepesca e a Revolução Industrial, por sua vez, prejudicaram as próprias sociedades que as iniciaram.
Ao longo do livro, Headrick examina como as mudanças ambientais provocadas pelos humanos estão entrelaçadas com sistemas globais maiores, remodelando dramaticamente a complexa relação entre as pessoas e o mundo natural. Ao fazer isso, ele enraíza a atual crise ambiental em um passado profundo.
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