Uma suposta ilha flutuante de plástico tornou-se um poderoso símbolo da poluição marinha, embora ninguém tenha realmente conseguido encontrá-la no oceano. Enquanto os cientistas marinhos descartam essa "ilha de lixo" como um mito, Synthetic Frontiers argumenta que sua persistência é consequência de formas dominantes de conhecer e explorar o oceano Pacífico.
Através de uma abordagem que combina os estudos feministas de ciência e tecnologia com as críticas das humanidades aquáticas ao terracentrismo, Kim De Wolff revela como a poluição plástica nos oceanos é determinada pelas divisões entre terra e água, e pelas fluidezes que desafiam essas fronteiras.
A ilha de lixo não é uma simples deturpação. É uma fronteira sintética: uma linha de controle territorial que surge com os produtos da ciência moderna e que transforma as crises do petrocaptalismo em paisagens de suposto progresso. Dessa forma, a história da ilha de plástico —uma narrativa onde o conhecimento e a consciência sobre os problemas ecológicos globais raramente se traduzem em mudanças significativas— é também a história da persistência da poluição plástica e de todos os seus danos associados.
Onde as soluções de limpeza reciclam o plástico em paisagens ainda mais contaminadas, De Wolff propõe uma recuperação radical dos sintéticos, afastando-se da química e da filosofia modernas em uma rejeição às fronteiras elementares.
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